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Mostrando postagens de julho, 2021

poemas; dualidades

Demorei muito tempo para entender como me via e como queria ser visto, meu ambiente familiar não me ajudou em nada nesse processo e ter que crescer de forma internamente conturbada atrasou bastante minhas tentativas. Há alguns anos eu tenho conseguido finalmente encontrar um corpo no meio dessa bagunça que eu carrego comigo. Ainda é difícil lidar com estímulos opostos todos os dias e conciliar minhas identidades em uma coisa só, não tenho perspectivas de futuro nem noções de uma percepção melhor, mas esse caminho se tornou bem mais natural com o tempo e não é mais uma questão procurando desesperadamente por respostas. . . Caminho Eu fugo desde sempre, do quê? Eu corro todo dia Me escondo nas rodovias Sou da sombra, fugitiva De mim mesmo, caçador Quando chego muito perto Estico o braço e quase acerto Mas me falta a coragem De prender meu próprio eu