poemas; desordens

O poema de hoje foi escrito em 2019, mas ainda é, estranhamente, atual - ouso dizer que os últimos seis meses que passei dentro de casa são perfeitamente ilustrados aqui. Em meio ao caos é difícil organizar sentimentos e planejar ações, tanto que escrevi esse poema após o caos ter passado, deixando apenas os restos do que um dia foi concreto. Não é exatamente uma poesia reconfortante, mas, às vezes, o melhor conforto é saber que alguém entende a bagunça dentro de você, mesmo que ninguém saiba arrumá-la... ainda.
.
.
.
.
.
Caótico

Sinto náusea todos os dias
Uma dor angustiante me domina
Quebros copos, pratos, pias
Luto contra todas as vacinas
Eu detesto a luz natural que irradia
Quando abro a janela, nada me fascina
Quero ler de novo, sentir poesia
No canto da sala, sou pura toxina

Comentários

  1. wonderful. very much true to emotions

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Thank you for your comment! I'm glad you enjoyed it. I'm working on english translations for my poems, they'll be ready any time soon

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

poemas; dualidades

poemas; enganos

poemas; mudanças