poemas; reflexões

O segundo texto - e chamo de texto o que alguns chamariam de frase, outros de poema e muitos de perda de tempo - desta coletânea é uma curta reflexão sobre meu reflexo inconsciente. Para ilustrar que não são apenas espelhos físicos os capazes de mostrar-nos nossa face, escrevi um breve fragmento sobre como me sinto muitas vezes um ser sem identidade. Somos tão voláteis e tão inconstantes que, se não checarmos diariamente nossa imagem, corremos o risco de perdê-la para sempre; ou, se a confrontarmos constantemente, ficamos expostos a uma sensação ainda pior: viver em um corpo vazio, preenchido de incertezas, dúvidas e solidão. Para esses corpos vazios, pertencentes a ninguém, cujos donos não conseguem retornar, escrevi Espelho.
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Espelho

Eu não sou eu e, se um dia fui, não sou mais. Deixei de ser o que eu sou. E como eu era eu mesmo, antes de me tornar: Ninguém.


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